A ideia de ficar invisível persegue as pessoas há muito tempo. Mas foi só H. G. Wells quem primeiro tentou traduzir os riscos desse poder. E em 1933, veio ao mundo a primeira adaptação desta obra e claro ganhou uma sequência logo em seguida.
Até mesmo o programa do Chavez fez referência a esse misterioso ser invisível, no episódio O HOMEM INVISÍVEL.
Mas foi em 2000 que chegou as telonas a versão que na minha opinião é mais fiel a obra de H. G. Wells: Hollow Man - O Homem Sem Sombra, com direção de Paul Verhoeven e protagonizado por Kevin Bacon como Sebastian Caine em uma interpretação maravilhosa, embora tivesse adaptado para aquela época e tornado muito mais ficção científica que o original.
Enfim, em 2020 temos a mais nova versão do Homem Invisível, que se adapta aos novos tempos e aborda um assunto que faz parte de grande parte das mulheres: o abuso.
Vamos lá: Cecilia (Elisabeth Moss) é uma mulher vítima de constantes abusos do seu companheiro. Finalmente ela consegue fugir, mas continua prisoneira em sua mente, vivendo com medo e paranóia. Tempos depois ela recebe a notícia de que seu ex se matou deixando para ela uma fortuna de herança. Seria um ótimo recomeço se o abusador não fosse um brilhante cientista e tivesse forjado a própria morte e descoberto um jeito de ficar invísivel para ficar torturando-a. Agora a mulher tem que provar que não está ficando louca e encontrar um meio de deter o vilão.
Dirigido por Leigh Whannell ,o filme traz muita tensão e suspense. Whannel brinca deliciosamente com os clichês do gênero terror, fazendo bom uso do som e de ângulos, e fica assim por boa parte do filme. Também consegue causar desconforto com sugestões e sutilezas, deixando o público ansioso por muito tempo.
Mas eu gostaria que fosse mais trabalhado o processo da invisibilidade, como ele chegou a conseguir isso - ficou tipo um buraco nesse sentido.
Mas eu gostaria que fosse mais trabalhado o processo da invisibilidade, como ele chegou a conseguir isso - ficou tipo um buraco nesse sentido.
Já a queridíssima Elisabeth Moss está perfeita, gosto do trabalho dela desda serie The Handmaid's Tale e acho que ela manda muito bem, cumprindo majestosamente seu papel, mostrando em suas feições cada angustia de sua personagem e sempre nos fazendo dar awuela engolida a seco e nos prendendo até o fim da história.
Ao revitalizar a história de um monstro clássico e trazer um tema pertinente que se encaixa perfeitamente na trama, “O Homem Invisível” é um filme forte e tenso que deve agradar a maioria dos fãs de horror. Vale muito a pena se assustar com algo que você não vê!
Nota: 8.9
Título original: The Invisible Man
Direção: Leigh Whannell
Roteiro: Leigh Whanell (livremente baseado no livro de H.G Wells)
Elenco: Elisabeth Moss, Oliver Jackson-Coeh, Harriet Dyer
Nota: 8.9
Título original: The Invisible Man
Direção: Leigh Whannell
Roteiro: Leigh Whanell (livremente baseado no livro de H.G Wells)
Elenco: Elisabeth Moss, Oliver Jackson-Coeh, Harriet Dyer
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