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 sobre a inegável bagunça que é o planejamento da Warner/DC sobre seu universo cinematográfico compartilhado de super-heróis, é perfeitamente possível distinguir o potencial de cada um dos filmes lançados até agora, de O Homem de Aço até Liga da Justiça, até mesmo levando em consideração o desastre  Esquadrão Suicida. Há sempre boas ideias pontilhadas aqui e ali que, por razões maiores do que a vontade dos diretores e roteiristas contratados para cada empreitada, nunca se realizaram em sua plenitude.
Uma dessas boas ideias foi nadar contra a maré do conhecimento do público em geral sobre o Aquaman – mais conhecido como “um cara loiro que usa roupa laranja, fala com peixes e cavalga um cavalo marinho ” – e invocar suas versões mais heavy metal, da fase barbuda sem mão ou da Terra-3, podem escolher, emprestando um ar de guerreiro aquático para o personagem ,muitos terão a lembrança daquela versão infantilizada e engraçada dos super amigos lançado pela Hanna Barbera ,mais podem esquecer essa versão .
Aqui todo o ar infantil e normalmente associado a ele  foi removido ,Outra boa ideia foi escalar  Jason Momoa para o papel, não porque ele é um bom ator, pois não é e você está errado em achar que é (he, he, he…), mas sim porque ele é exatamente o que se espera dele, um brutamontes simpático que parece estar constantemente de bem com a vida. Juntando-se as peças, tem-se um Conan aquático da mais alta categoria, já que o Conan terrestre dele foi  horrível.
Mais o melhor foi reinventar o personagem diferenciando daquela usada em Liga da justiça que saiu do tom totalmente sombrio para um tom mais leve e entra de vez a linguagem clássica dos quadrinhos em uma renderização visual deslumbrante desse universo subaquático.
Bem a história  é, substancialmente, um filme de origem não linear, mas razoavelmente bem estruturado. Começando no farol de Tom Curry (Temuera Morrison) em 1985 durante uma tempestade, vemos como o futuro pai do Arthur nosso sereio ou tritão ou seja o que  for  .  conhece Atlanna (Nicole Kidman), rainha de Atlântida, com uma narração em off talvez detalhada e didática demais do próprio Arthur.Esse passado do protagonista nunca é deixado completamente de lado, com flashbacks para outros momentos marcantes, como a primeira vez que ele conversa com peixes ou partes de seu treinamento com Vulko (Willem Dafoe)
 O roteiro, co-escrito por Wan e David Leslie Johnson-McGoldrick, também usa esse começo para nos apresentar à origem do Arraia Negra, o mais icônico vilão do Aquaman nos quadrinhos. Vemos a versão mais recente da origem do personagem ser usada aqui, com Arthur sendo responsável pela morte do pai do futuro vilão (Yahya Abdul-Mateen II) que  jura vingança, claro. Não que David Hyde já não fosse vilão quando ele primeiro encontra com Aquaman, mas sua imagem “cuspida e escarrada” das HQs vem somente a partir de sua sede pelo sangue da realeza atlante. Mesmo ficando em segundo plano, já que o grande vilão  é o meio-irmão de Arthur, o Rei Orm (Patrick Wilson),mais ele não é um mero enfeite o personagem evolui ao longo da trama e faz muito sentido em estar ali.
 Seu par submarino. A lindíssima Amber Heard, usando uma exageradamente ruiva cabeleira (melhor somente do que da peruca de Medusa, em Inumanos),  em seu papel de princesa Mera, prestes a se casar com o Rei Orm, mas que trama com Vulko o retorno do filho pródigo de Atlântida para impedir que uma guerra contra a superfície seja deflagrada.
Bem nunca mostrou grande talento dramático em seus trabalhos anteriores ,mais até que não foi tão ruim em algumas cenas .

Em termos comparação, o relacionamento que vemos em velocidade meteórica entre Tom e Atlanna, apesar da maquiagem em CGI de Kidman, funciona muito mais , sem que eles pareçam estar fazendo esforço . Se Momoa compensa um pouco o problema com sua naturalidade e com seu jeito espaçoso kkk , essa sua mesma característica só deixa evidente o quão deslocada Heard parece estar.
 abraçar o tom aventuresco que James Wan desejou imprimir ao filme, o diretor inspirou-se em uma das melhores fontes possíveis em suas próprias palavras: Indiana Jones. Como não reconhecer na busca pelo tridente de Atlan todos os traços das aventuras arqueológicas e místicas do Dr. Jones? Da dupla improvável, passando pelo protagonista durão, mas sensível e do interesse romântico sidekick, passando por ruínas e artefatos misteriosos e continuando com aquele estilo clássico de pistas que levam a pistas que levam a pistas, tudo o que acontece do lado  de Arthur Curry e Mera da narrativa é terreno extremamente familiar para os espectadores. mosrando que seu lugar é nas aventuras e tramas de ação, aceita que dói menos Wan (hehehehe) trabalho maravilhoso, feito no detalhe e com fotografia linda cenários de cair o queixo  coisa nunca vista antes em uma filme de Herói ,O roteiro do filme é seguro, sem grandes arroubos criativos e só realmente arrisca na pancadaria nos telhados de uma cidadezinha na Sicília em que nossos heróis enfrentam o Arraia Negra, agora com direito à armadura clássica e uma guarda real muito da incompetente.
Outra fonte de inspiração de Wan foi Star Wars, também fruto da mente  de George Lucas.  em uma galáxia distante com o fundo do mar, um filme luxuoso talvez não chegue  a um épico nem seja a salvação da DC como muitos dizem é um grande espetáculo sem duvidas alguma.

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